Florianópolis decreta emergência em saúde pública por alta de doenças respiratórias
A Prefeitura de Florianópolis decretou, na noite desta quinta-feira (1º), situação de emergência em saúde pública devido ao expressivo aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no município. A medida foi tomada diante do crescimento nas internações de crianças e adultos e de uma elevação de 260% nas transferências de pacientes das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) para hospitais apenas entre os meses de março e abril.
Assinado pelo prefeito Topázio Neto (PSD), o decreto tem validade de 180 dias e permite a adoção de medidas emergenciais para enfrentar a crise. Segundo a prefeitura, o cenário atual exige atenção redobrada, principalmente diante do avanço do frio intenso, que costuma agravar os quadros respiratórios e aumentar a demanda nos serviços de saúde.
A SRAG é caracterizada por quadros de síndrome gripal que evoluem com comprometimento da função respiratória, geralmente necessitando de hospitalização. A condição pode ser provocada por diversos agentes, como os vírus Influenza A e B, Vírus Sincicial Respiratório, SARS-CoV-2, além de bactérias e fungos.
Entre os principais indicadores que embasaram a decisão da prefeitura, estão:
Mais de 400 casos relacionados à SRAG registrados recentemente;
Superlotação das unidades de saúde da rede pública;
Crescimento de 84,59% nos atendimentos pediátricos e de 42,55% nos atendimentos clínicos adultos por infecções respiratórias entre janeiro e abril;
Aumento expressivo de 260% nas transferências das UPAs para hospitais em abril.